Perdemos um Vovô Cop's Dr. Pedro Pinto de Oliveira Junior

Dr. Pedro Pinto de Oliveira Junior

"É como Victor Hugo dizia: "A morte só chega quando termina a ambição". Você tem que ter sempre um ideal, uma meta para atingir, um lugar que se almeja chegar, dar exemplo na sua própria família, profissão e sociedade."



Para quem quiser lembrar dele e de seu exemplo de vida.

São Paulo – (Vovô Cop´s...) – Infelizmente nem só de alegria vivemos, segundo o fotografo Marcos “Pinguim” Vianna, o atuante corredor veterano Dr. Pedro Pinto de Oliveira Junior, da equipe Vovô Cop´s veio a falecer no dia de hoje.

Leia na integra o e-mail que recebi e no link ao final uma entrevista com Dr Pedro e sua foto. Quem corre em São Paulo certamente já esbarrou com ele em inúmeras provas.
Olá Harry !

Sinto lhe informar sobre o falecimento do Dr. Pedro Pinto de Oliveira Junior.
Quem me avisou foi o Sr. Augusto Trindade da equipe Vovô Cop's por telefone por volta das 19 horas de hoje, dia 29 de setembro.

Segundo informações passadas pelo seu Augusto ele passou mal no momento que participava da Corrida das Pontes neste domingo mas ele não faleceu nesse dia.

Ele falou que o velório vai acontecer no Cemitério do Morumbi as 15 horas desta quarta-feira dia 30 de setembro.

Leia a entrevista aqui

Abraços !
Marcos Viana

Pedro Pinto de Oliveira Junior — Um Apaixonado pelo esporte, um exemplo de vida

Pedro Pinto de Oliveira Junior é Cirurgião-Dentista, especialista em prótese e cirurgia. Hoje, dedica-se especialmente à área clínica. Aos 78 anos, é um exemplo de persistência e de vida. Apaixonado pela atividade esportiva, treina praticamente todos os dias na academia da APCD Central, e no ano passado completou 40 participações na Corrida de São Silvestre; uma das principais corridas de rua do Brasil. No mês de janeiro, Pedro deu mais uma demonstração de garra e disposição. Participou da corrida em comemoração ao aniversário de 453 anos de São Paulo e também da 2ª Corrida e Caminhada Oral-B de Prevenção do Câncer Bucal, realizada durante o 25° CIOSP. Em entrevista ao APCD Jornal, Pedro conta um pouco sobre a sua paixão e dedicação ao esporte e como a prática esportiva pode influenciar na prática odontológica.


Pedro Pinto de Oliveira Junior treina na academia da
APCD duas horas por dia.

APCD Jornal — De onde surgiu essa dedicação ao esporte e à participação em atividades esportivas?

A parte esportiva sempre foi uma dedicação complementar ao meu trabalho. E mesmo antes de fazer Odontologia, eu remava, nadava... remava no rio Tietê quando a água não era poluída. Então, nós íamos até o clube Corinthians, bebíamos água do próprio rio... Tempo bom. Depois, quando ingressei na Odontologia também mantive a mesma freqüência. Eu fui campeão paulista de remo e depois me dediquei ao atletismo. No ano passado, eu tive a felicidade de completar 40 participações na Corrida de São Silvestre seguidamente. Eu acho que para manter a integridade física e a psicológica é preciso ter muita vontade de trabalhar e muito treino, muita determinação. Por exemplo, eu na idade em que estou hoje, 78 anos, mantenho uma vitalidade e um treinamento contínuo. E também conto com a colaboração de um treinador que me acompanha, o professor Eduardo Farcioli Kamikawachi, da academia da APCD, que tem uma dedicação muito grande com seus alunos e comigo principalmente, dando toda uma série de apoio, instruções técnicas, ou seja, uma forma de treinamento bastante adequada. Quando eu comecei na APCD, nós tínhamos apenas uma salinha na Avenida São João, esquina com a Anhangabaú. Eu, o Py, o Vela, o Viegas, Celso Pereira Lima, enfim, uma turminha. Hoje vemos essa esplendorosa instalação, toda ela de última geração, o que deu uma nova demonstração da Odontologia e o progresso que conseguimos e como continuamos avançando. Nossa academia é, hoje, sem dúvida uma das melhores, com um espaço amplo e bem equipado. Tudo isso, nós temos que agradecer à dedicação de uma pessoa em especial, Raphael Baldacci Filho.

APCD Jornal — O senhor treina todos os dias?

Praticamente sim. Às vezes, quando tenho serviços de emergência não dá. Porque ainda hoje eu trabalho com serviços de emergência, tenho um pronto-socorro e às vezes passo a noite trabalhando, então pode ocorrer algum imprevisto. Mas, sempre que posso eu treino. No mínimo, seis vezes por semana, duas horas por dia.

APCD Jornal — E essa paixão pelo atletismo, pela Corrida de São Silvestre surgiu como e desde quando?

A São Silvestre não é uma corrida digamos assim de ponta para que o povo participe. É uma corrida mais festiva. Quer dizer, durante todo o percurso você é aplaudido, é xingado, tem gente que vai fantasiado, enfim... dá aquela emoção... é como se pertencesse àquela família, vira um agregado e depois não tem como largar. A paixão pela São Silvestre vem de tempos pela forma como ela é, pela emoção que ela traz e o sentimento que provoca de bem-estar com a vida, com você mesmo e com o seu estado físico.

APCD Jornal — E o que o senhor achou da 2ª Caminhada e Corrida Oral-B de Prevenção do Câncer Bucal?

Essa corrida do CIOSP foi muito bem organizada. Uma das empresas responsáveis foi a Corpore e eu sou um dos mais antigos sócios de lá e fiquei feliz em saber que essa organização deu um balizamento mais perfeito das corridas de rua de São Paulo, com uma estrutura mais adequada, mais moderna. E hoje, graças a Deus, temos corridas de rua bem mais organizadas, padronizadas, com um número definido de corredores. Hoje, corre-se com seguro, com unidades de UTI e isso é muito importante.

APCD Jornal — Conte um pouco sobre sua participação em corridas de rua.

Nesta fase da vida em que me encontro gosto muito de corridas de rua. Eu já participei de diversas maratonas inteiras de 42 Km, meia maratonas, São Silvestre, entre outras. Este ano, vou participar da Meia Maratona de São Paulo e depois da "maratona de São Paulo" inteira. Quer dizer, nós temos que concentrar, acreditar e executar.

APCD Jornal — E de onde vem toda essa disposição?

A disposição e a força vêm do desejo de participar e de competir. A gente acaba sendo envolvido automaticamente por esse universo, onde eu fiz amigos, companheiros, sofri quedas, emoções, choro... já apanhei, sofri,mas depois o resultado é extremamente compensador e satisfatório. O esporte é muito satisfatório e, automaticamente está ligado com a boa condição de saúde. A atividade física é algo básico para a manutenção da integridade corporal e psicológica. Não dá para ficar como um velho parado de 80 anos, "nerd", que só trabalha, ao passo que ao fazer uma atividade física bem monitorado, com uma boa retaguarda, o resultado para a saúde é excelente. Por isso que é importante um monitoramento cardíaco, respiratório, além de um planejamento para saber ao certo a sua capacidade aeróbica para a realização de alguns exercícios.

APCD Jornal — A atividade física ajuda o senhor a desenvolver melhor sua atividade profissional?

Ah, com certeza. A atividade física é básica para tudo, principalmente para a minha área profissional, porque eu ainda faço parte da fase antiga da Odontologia que trabalha sempre em pé. Segundo, a Odontologia exige muito da parte física, motora e, lógico, mental. É preciso ter todos os músculos funcionando bem e o psicológico estar ok. Mente e corpo devem estar em equilíbrio.

APCD Jornal — Qual é a sua especialidade?

Eu faço prótese e cirurgia. Tanto que eu fui um dos primeiros a ter o título de ortodontista. Mas, hoje eu trabalho basicamente na área clínica. E não pretendo parar. É como Victor Hugo dizia: "A morte só chega quando termina a ambição". Você tem que ter sempre um ideal, uma meta para atingir, um lugar que se almeja chegar, dar exemplo na sua própria família, profissão e sociedade. Ter uma capacitação e sempre estar na luta, para manter-se bem e feliz. Eu não tenho nenhum problema de saúde. Estou perfeitamente bem, disposto, gosto do meu trabalho, do esporte e da minha família. Essas coisas são o que sustentam a pirâmide do sucesso e da saúde.

Bruna Oliveira.

Fonte
http://www.apcd.org.br/noticia_jornal.asp?idnoticia=1433